sexta-feira, 14 de maio de 2010

Historia


Beto nasceu na capital, tem raízes familiares no norte e conserva o charme tipicamente italiano herdado do ancestral que transmitiu às gerações seguintes um apelido singular. O nome Pimpareli liga-se à aldeia italiana de Bari, que atravessou a Europa para se instalar em Trás-os-Montes, que por obra de uma confusão ortográfica perdeu a última vogal. Mas o melhor da história renovada dos Pimparel começaria há 26 anos, em São Sebastião da Pedreira, com um menino que adorava fingir ser guarda-redes de uma baliza desenhada numa parede. O sonho realizou-se nas escolas do Sporting, alimentando-se da alegria de pertencer às selecções jovens. Nos primeiros anos de sénior perdeu o encanto por ter "sido rejeitado pelo clube que mais amava". Depois desta experiência, o sonho transformou-se em persistência com alguma teimosia à mistura. Beto fez-se guarda-redes profissional movido "pela mágoa pelo corte total do Sporting". "Não tive qualquer orientação, nem me foi dada outra oportunidade", contou, tentando disfarçar a tristeza pela ruptura de "11 anos de dedicação". Fez-se sozinho e fez bem o trabalho. A sensação "de rejeição" sanou no momento em que Vítor Oliveira lutou com a Académica pelo concurso de Beto, a revelação na Liga de Honra ao serviço do Marco. O grande rival dos marcuenses ganhou a corrida e Beto reconquistou a esperança de que ainda vale a pena sonhar.

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